
A felicidade não aparece antes dos créditos finais de um filme, ela é formada pelo que fazemos a cada dia, ela vem das reais pequenas coisas que colocamos dentro do coração e das grandes coisas que doamos aos outros: o amor (que não vem do chão que pisamos, mas do céu que não tocamos com nossas mãos de humanos), o sorriso (que às vezes demora a aparecer, como o sol em dia de tempestade, mas q quando aparece, demora para ir embora), o abraço (que diz: estou contigo, mesmo que apenas em pensamento, na lembrança) e a amizade (uma dádiva sublime, que quando temos de verdade, temos para sempre).
Nem todo dia ouvimos as melhores palavras que existem, nem sempre estamos ao lado de quem queremos, quase nunca estamos satisfeitos com o que temos, mas estamos sempre respirando o mesmo ar; continuamos vivendo.
Mesmo que não conheçamos o que sabemos que existe, ainda assim confiamos que um dia entenderemos à nossa maneira, o que os outros distorcem.
Aprenderemos que nada nos faz melhores diante de um erro consciente, mas que apenas um sorriso nos tira o sentimento de culpa diante de tentativas inúmeras, que não deram certo. Enfrentamos nosso medo de escuro, que se torna apenas mais uma das estrelas da noite, quando encontramos um medo maior: o medo de perder o que mais importa na vida: a vida de cada um que nos faz ter vida, que nos faz crescer.
Paramos para pensar naquilo que não fizemos, enquanto ainda há tempo para fazermos melhor o que faríamos antes.
Esquecemos das coisas mais belas e lembramos sempre daquelas tristezas que nos fazem amargos, daquelas vírgulas, que abrem espaço para as nossas loucuras.
Ainda que tudo estivesse resolvido, encontraríamos coisas para resolver, pois vida é isso: uma busca pelo impossível, uma mudança constante, uma morte e um nascimento, uma vitória e uma derrota, um fim e um começo. Então, que sejamos nós mesmos, ainda que estejamos sozinhos, pois na verdade, ninguém está só; dentro de nós existem dois amigos: um se chama cérebro e o outro coração; cada um com seu jeito, sua maneira de agir, mas que têm um criador em comum, o qual é o mesmo que te fez humano e divino e que juntou esses seus dois amigos para que você tivesse em quem confiar, a quem ouvir, alguém a ser.
28/01/08
Um comentário:
Larissa, vc me surpreende a cada novo texto!
Bem, as palavras têm muito poder... e vc as usa com a sabedoria de uma guerreira do bem!
Que tem o poder, mas não se corrompe! Use-as sempre com esse amor que é nitidamente perceptível quando leio seus textos!
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