
Meus sonhos estão sendo rasgados como se fossem um pano velho; talvez não sirvam de retalhos, nem de lenços para aqueles que choram.
Um olhar mudo sempre me vigia, e quando o procuro, foge de mim. Isso às vezes me fere me deixa reclusa.
Às vezes paro diante do mundo e me pergunto o que tenho para fazer nele. Não ouço as respostas, pois os outros estão gritando como se fossem loucos, estão engolindo pedras e cuspindo ventania.
Desesperados para serem mais do que podem ser, estão amargos e traiçoeiros como a escuridão, não apenas como o anoitecer.
Escondem a mão no bolso, pois não querem doar sinceridade, ou porque nunca a tiveram.
Esquivam-se de um abraço, pois não querem sentir um coração que bate mais rápido, que emana vida e que destrói muralhas.
Nunca curvam os lábios, nunca se rendem primeiro.
Escondem a mão no bolso, pois não querem doar sinceridade, ou porque nunca a tiveram.
Esquivam-se de um abraço, pois não querem sentir um coração que bate mais rápido, que emana vida e que destrói muralhas.
Nunca curvam os lábios, nunca se rendem primeiro.
Estão sempre à procura de um atalho, de um caminho mais fácil, o qual não tenha buracos ou subidas. Estes, que esperam o mais fácil, jamais chegarão ao último degrau; permanecerão estáticos e tornarão ao pó sem ao menos terem sido chama.
14/06/08
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