sábado, 17 de julho de 2010

Inspiração

Não encontro inspiração nas coisas do mundo, mas na vida das pessoas, daquelas que são especiais, que trazem paz e aquele inconfundível brilho nos olhos: a sinceridade. Há momentos em que não sabemos o que está se passando dentro de nós mesmos, que confundimos instantes com eternidades, que confundimos o sonho com a realidade. Nesses momentos é melhor que não nos atrevamos a cometer erros desnecessários, que podem ferir os que ficam e os que passam. Nesses momentos devemos optar por acalmar e organizar os pensamentos, para que, assim, de maneira certa, possamos transpor algo de que temos certeza que existe; algo de que temos a certeza que é para nós.As simples sensações, o simples silêncio faz um bem maior do que mil palavras ditas e que não precisavam ser ouvidas. Temos que aprender a entender as pessoas pelo simples gesto, pela respiração. Pessoas boas tem cheiro suave... cheiro de pureza, de amor; cheiro de humanidade imperfeita correndo em busca de sua melhor forma: Pessoas boas tem cheiro de Deus; não há como confundí-las. Às vezes precisamos repetir a importância das pessoas... não só para que se sintam amadas, queridas, ou para que nos valorizem por tal sentimento, mas para que nós possamos mostrar a nós mesmos que somos capazes de entregar às pessoas algo muito precioso, que é revelado pelo simples ato de se dizer, algo que podemos achar que não temos, mas que na verdade sempre esteve em nós. O que proferimos não volta para nós vazio: faz bem a quem queremos que faça, a outros que nunca vimos e a nós mesmos: o sentimento é multilateral e cabível a todos que o aceitam. Muitas coisas simples nos tocam tão profundamente que ficamos sem palavras... apenas conseguimos estar parados sem pensar em nada, sem fazer nada, sem dizer nada; apenas sentindo algo sem nome, mas que faz muito bem. Precisamos aceitar que não somos fortes o bastante, que não somos grandes como parecemos ser, que não somos perfeitos e nem exemplo em tudo, mas que somos quem escolhemos ser, que amamos quando nos deixamos ser amados, que somos felizes quando limitamos a tristeza a ser apenas um instante necessário para que cheguemos à plenitude de algo muito mais significativo na vida de um ser humano. Devemos crer que não há veneno que mate o que temos de bom em nós; Deus tem o antídoto para tudo: sua presença, seu amor incondicional. Nenhum veneno é mortífero, a partir do momento em que nós sabemos quem somos nós. Deus permitiu que sentíssemos, porque a vida não é para ser mecânica, gélida, sem personalidade, mas sensível, passível de inspirações que nos transformam, que nos preenchem da maneira que necessitamos. Deus permitiu que despejássemos no mundo o que está dentro de nós, o que Ele plantou em nossos corações e floresceu e frutificou, para que o mundo veja que é maior o que está em nós do que o que está nele. Um coração bom já basta para que sintamos o suave cheiro da verdadeira vida; para que nós nos inspiremos e deixemos ser agregado a nós o que nunca é demais, o que em excesso não machuca, não faz mal, porque não há excesso de bem: do verdadeiro, não.
(terminado às 01:10; inspiration from L.D., my dear undefined)

2 comentários:

88dd disse...

pouxa Lala,
esse é profundo heim!
DEus te abençoe!

Ronni Anderson disse...

Puxa, lendo parecia música...
Sonoridade muito bonita!
Melodia muito bela, inspiradora!
Sinfonia muito bonita de palavras!
Perceber o outro é tão importante...
Compartilhar é algo que vem do coração de Deus!